sábado, 5 de fevereiro de 2011

DIVIRTAM-SE, CUIDANDO-SE!


            É tempo de carnaval, e em todos os cantos do Brasil milhares de foliões vão se entregar a uma mistura de sensações e prazeres que muitas vezes podem trazer algumas consequências ruins à nossa saúde. Quero dar destaque aqui, a ainda grande epidemia de AIDS que assola o país, e por ser uma doença transmissível sexualmente os números de contágio em época de carnaval aumentam, principalmente entre os jovens. Nessa época de entrega, muitos esquecem ou simplesmente ignoram  que a única forma de não contrair o vírus é a utilização do preservativo. O agravante é que muitas pessoas tem a ideia errônea de que o coquetel de remédios para tratamento tornou a doença não letal. Outro problema foi a estigmatização da doença nos anos 80 a ser definida como uma doença de grupos de risco (homossexuais e usuários de drogas injetáveis) e por isso a maioria não se via como alvo.

            Mas, segundo dados recentes do Ministério da Saúde, na década de 2000 na população geral a síndrome atinge mais homens e a forma de transmissão é heterossexual, os registros de contágio homossexuais só são maiores na faixa etária dos 13 aos 24 anos. Já na faixa entre 13 e 19 anos as maiores vítimas são mulheres. Esses dados corroboram a tese de que a a epidemia mudou suas características ao longo do tempo e de que ninguém está a salvo.



            Como proteger os nossos jovens então? O sexo está por toda a parte:  na TV, na internet, no cinema, nos anúncios publicitários. Na época de Carnaval essa exposição se exacerba e cria-se quase que uma obrigação para os adolescentes. As músicas, principalmente as nossas pérolas baianas incentivam essa sedução precoce. A liberdade que vemos hoje não se traduz em um debate franco e aberto sobre como o sexo meramente casual acontece cada vez mais entre os jovens. Muitos pais não acreditam que seus filhos de 13 anos possam estar transando e ainda mais desprotegidos.

            Devemos então abrir os olhos para ver como nós e nossa família somos vulneráveis, e estender a roda de discussões sobre os fatos acerca da doença. Só com um diálogo bem trabalhado, seja no grupo familiar ou de amigos, poderemos ver esses números acima mudarem. O sexo sempre vai estar ao alcance dos jovens, eles sempre vão decidir a hora de fazer, mas a forma de fazer ainda pode ser bem orientada e as consequências negativas do ato podem cair cada vez mais nas estatísticas.

Para saber mais: